“Sei que por vezes não é fácil sentar o seu filho à mesa na hora
das refeições. O cansaço do dia a dia pode mesmo contribuir para tornar
as refeições num verdadeiro “campo de batalha”, onde o seu filho se
recusa a comer e onde a palavra de ordem é o “Não gosto”.
Então como lidar com esta situação? É a pergunta que tantos pais se questionam.
E a resposta é tão simples e passa por RELAXAR às refeições. Sim!
Cabe-lhe a si, enquanto pai e educador, agir com naturalidade, de
forma, a não transmitir ansiedade para o seu filho. Há comportamentos
nossos que não ajudam em nada a relação que os nossos filhos têm com a
comida. A alimentação tem e deve de ser algo natural.
É importante o sentar à mesa às refeições, sem televisões,
tablets ou telemóveis. O desfrutar e saborear da refeição e da
companhia, de forma, a fortalecer os laços entre pais e filhos.
Os mais pequenos entre os 6 meses e 12 meses e meio devem
sujar-se, deixe o seu filho explorar os alimentos, cores, texturas e
paladares. Sujar-se faz parte do desenvolvimento infantil.
Ao iniciar a introdução alimentar complementar, bem sei que
existe a tendência de se introduzir os alimentos todos em forma de puré,
mas espante-se, pois os bebés também sabem comer, hoje em dia fala-se
muito no conceito de BLW (Baby-led Weaning) que passa por o bebé
explorar os próprios alimentos comendo pela sua própria mão.
Esta técnica, no entanto, não deve ser iniciada sem falar
primeiro com o seu pediatra e sem recurso a workshops práticos ou
bibliografia sobre o assunto.
É importante ter e respeitar os horários das refeições, para
evitar que o seu filho “petisque” fora de horas ou que fique rabugento
de sono.
Muitos pais nas sessões de aconselhamento parental se queixam,
dizendo “O meu filho não come nada” a realidade é que depois ao
analisarmos um dia alimentar completo, vemos que come e muito, mas nem
sempre os alimentos mais saudáveis.
Dê o exemplo, as crianças aprendem por imitação e modelagem, logo
se os pais fizerem uma alimentação saudável também eles demonstraram
mais interesse por certos e determinados alimentos.
É igualmente importante explicar ao seu filho que a alimentação é
importante para ele crescer forte e saudável. Para os mais velhos na
casa dos 2 aos 4/5 anos, pode usar como referência um boneco ou
super-herói que ele goste e explicar-lhe que também se alimentou.
Não force o seu filho a comer e evite castigos relacionados com a comida, contudo não desista ao primeiro” não”.”
Sugestão de Livros – Psicóloga Regina Borges e Terapeuta da Fala Cláudia Barriguinha
Para Pais e Educadores:- “Mi Nino no Me Come” do Pediatra Carlos González, Editor:Booket
- “Comer bem crescer saudável “de Joana Appleton Figueira e Joana Moura, In Edições
- “Mãe quero mais” da Leonor Cício, Matéria Prima Edições
- “Os bebés sabem comer sozinhos” (Aborda a temática Baby-Led weaning) de Gill Rapley, Matéria Prima Edições
- “Comer sem birras” de Filipa Sommerfeld Fernandes, Manuscrito Editora
- “O gato comeu-te a língua?” de Joana Rombert, A Esfera dos Livros
- “O Livro Essencial da Alimentação Infantil” de Annabel Karmel, PubliFolha
- “O livro da alimentação do bebé feliz” de Gina Ford, Bertrand Editora
Para as Crianças:
- “ Ora parte um Prato” de Rui Miranda Julião, Maria do Rosário Dias et. al Coisas de Ler Editora
- “Vamos conhecer os alimentos” da nutricionista Mariana Abecassis, Editor: Booksmile
- “Espreita perguntas e respostas sobre alimentação” da Porto Editora
- “10 Histórias para Comer sem Birras” de Filipa Sommerfeld Fernandes, Manuscrito Editora
- “Da mesa à horta: Aprendo a gostar de frutas e vegetais”, Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP). Disponível aqui: https://issuu.com/ispup/docs/livrodamesaahorta
- “O menino que não gostava de sopa” de Cidália Fernandes, Edições Livro Direto.
- “A menina que não gostava de fruta” de Cidália Fernandes, Edições Livro Direto.
Artigo escrito e publicado em colaboração com a terapia da cacau: https://terapiacomamorblog.wordpress.com/2018/01/12/pais-e-importante-relaxar-as-refeicoes/
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